Por: Fabrício Rossi
Atualmente os mestres e encarregados de obras são muito procurados no mercado e faltam profissionais.
Esse cenário fez que os salários desses profissionais crescessem bastante, mas esses profissionais estão preparados para os desafios que surgem no dia a dia de uma obra? Eles tem o conhecimento técnico de execução e a capacidade de gerir pessoas que a posição exige?
A resposta para essas, geralmente, é não. Assim, nesse post vamos elencar as maiores dificuldades desses profissionais para que possam fazer um acompanhamento mais próximo nas obras e, se você é um deles procurar desenvolver as habilidades necessárias.
O nível é uma das técnicas mais importantes em uma obra, desde a fundação, se repetindo por toda a estrutura. Os mestres e encarregados tem dificuldade em:
• Definir o nível do cintamento;
• Definir o nível de piso acabado;
• Trabalhar com diferenças de níveis e rebaixos;
• Trabalhar com níveis a laser;
• Fazer a transposição de nível para outro ponto da obra;
• Trabalhar com nível de piso acabado.
Macete 01: O próprio engenheiro deve fazer a marcação dos níveis de piso acabado em pontos estratégicos da obra que, a partir desses, serem transportados. Prefira trabalhar com o nível a laser. Se necessário solicite o topógrafo para executar o serviço. Faça tudo isso com o mestre ou encarregado presente para que ele não tenha dúvida.
Macete 02: Trabalhe sempre com o nível de piso acabado.
• Identificar as dimensões de esquadrias e alturas de peitoris;
• Identificar os tipos de revestimentos de pisos;
• Identificar os detalhes de bancadas e balcões;
• Fazer a conferência de projetos de armação;
• Fazer a correta leitura e identificação de cortes e elevações.
Macete 03: Passe uma explicação dos projetos para o mestre e encarregados antes de iniciar os serviços. Facilita muito o trabalho deles e evita erros.
• Problemas de relacionamento com os técnicos de segurança;
• Não conhecimento de NRs;
• Falta cobrança efetiva sobre os profissionais para utilizar os EPIs;
• Negligência e resistência na colocação dos EPCs;
• Montagem de andaimes irregulares.
Macete 04: Não deixe esses problemas acontecerem. Uma fiscalização do Ministério do Trabalho acarreta autuações e necessidade de justificativas para evitar multas. Reincidência gera o embargo e interdição da obra.
• Quando se introduz uma nova técnica na obra são os primeiros a dizer que não vai dar certo e que não vai valer de nada;
• Não dão atenção devida para o serviço com a nova técnica, gerando atraso na produção e no treinamento das equipes.
Macete 05: Cobre do mestre ou encarregado o acompanhamento efetivo durante os treinamentos para que seja absorvido o conhecimento da nova técnica executiva.
• Dificultam o andamento do serviço dos empreiteiros;
• Tratam mal os profissionais terceirizados;
Macete 06: Aproveite as reuniões com a equipe de produção para melhorar a comunicação entre os envolvidos e evitar problemas de relacionamentos.
• Segregam a obra só olhando os serviços dos profissionais que eles têm mais empatia;
• Quando há problema com algum outro encarregado isolam este e pedem ao engenheiro da obra para demiti-lo;
• Reúne-se pouco com os outros encarregados;
• Mudam a programação de serviços sem comunicar o engenheiro de produção;
• Não seguem a programação no dia-a-dia;
• Fazem pedidos de materiais rotineiros sem levantar as quantidades. Pedem em excesso ou a menor.
Macete 06: os quantitativos devem ser levantados por um técnico de edificações ou pela equipe de planejamento e controle. Com o mestre ou encarregados devem ficar apenas os pedidos de pequenas ferramentas, areia, brita, etc.
• Dificuldade com unidades de medida (m, m2, m3);
• Desconhecimento das corretas especificações de materiais.
Assim, o mestre e encarregados têm deficiências graves no dia-a-dia do trabalho que impactam diretamente na produtividade e bem estar da obra. Combata essas deficiências e não hesite em fazer a substituição de um profissional que não está com a conduta correta para evitar que prejudique o restante da equipe.